Em Meditações Para o Dia, Osho reflete a respeito da Bem-Aventurança:
"O mais interessante na bem-aventurança é que ela é intrinsecamente um paradoxo e, por sua natureza paradoxal, ela quase sempre foi mal compreendida.
O paradoxo é que o homem precisa fazer muito esforço e mesmo assim, a bem-aventurança não acontece por causa do esforço, ela sempre acontece como uma dádiva de Deus. No entanto, o esforço é imprescindível e sem ele o homem nunca será capaz de receber essa dádiva. Embora ela esteja sempre disponível, o homem continua fechado.
Por isso, todo o empenho humano não é, na verdade, o meio de alcançar a bem-aventurança; ele não pode gerar a bem-aventurança, só pode remover as barreiras. É um processo negativo. É como se você vivesse numa sala fechada, com todas as janelas e portas fechadas: o sol nasce, mas você continua na escuridão. O sol não pode nascer por causa de seus esforços. Nada que você faça permite ao sol nascer, mas você pode abrir as portas ou deixá-las fechadas, e tudo isso depende de seu esforço. Se você abrir as portas, o sol estará disponível para você, do contrário, ele esperará diante da porta, sem bater. Você pode viver na escuridão por toda a eternidade e no entanto, bastaria remover a bareira entre você e o sol.
É preciso um pouco de esforço e um pouco de confiança - um pouco de esforço para remover as barreiras e um pouco de confiança, paciência, espera..."
É o que Abraham Hicks chama de alinhamento, e cristãos chamam de estar no centro da vontade de Deus. E é esse alinhamento que exige esforço para superar as circunstâncias, domar ambições, reconhecer erros e corrigi-los. Penso que vale muito a pena, por isso sigo abrindo minhas portas e janelas, gosto do sol, gosto da luz.
"Não importa a dimensão da escuridão, um raio de luz a dissipa completamente." :)